10 PERGUNTAS SOBRE TECNOLOGIA QUE TODO CEO DEVE FAZER


7 de dezembro de 2019

 

Por McKinsey Digital* 

Já vimos várias empresas aumentarem seu desempenho financeiro depois que os CEOs priorizaram os recursos tecnológicos. Mas isso pode ser um desafio. A maioria dos CEOs já tem uma grande lista de prioridades, e poucos se sentem confortáveis com a tecnologia para promover mudanças transformadoras. Até os mais acostumados com a “ameaça digital” estão sendo obrigados a pensar em formas de gerar valor – independente do que já é feito pelos departamentos de TI.

CEOs podem fazer mais do que os outros executivos da empresa para provocar as mudanças culturais e organizacionais que hoje são necessárias. Neste artigo, apresentamos dez perguntas que os CEOs devem fazer aos seus diretores e gerentes de TI para determinar se seu trabalho está de fato alinhado com as estratégias da empresa.

 

Tecnologia, estratégia e operação:

CEOs devem buscar a melhor combinação

entre essas três necessidades da empresa

 

        Com base em nossos trabalhos extensivos com altos executivos de grandes empresas, três conceitos definem as funções de TI mais efetivas hoje:

*Uma pessoa responsável pela colaboração entre estratégia e operações;

*Um modelo de recursos atualizado, oferecendo talentos, métodos e ferramentas para acelerar a inovação;

*Uma fundação tecnológica à prova de futuro, com sistemas flexíveis e escalonáveis ​​que acelerem o lançamento de produtos.

O problema geralmente começa no topo: CIOs não são incluídos nas discussões estratégicas, onde podem ajudar a pensar como a empresa pode usar melhor a tecnologia. Mas estamos vendo mudanças organizacionais feitas especificamente para promover a colaboração contínua entre essas áreas. Cada vez mais CEOs estão integrando CIOs às suas equipes e pedindo que se reportem diretamente a eles.

Algumas empresas formam equipes unificadas de negócios e tecnologia que suportam um produto (para clientes ou funcionários), uma plataforma de TI ou um sistema de CRM. Há também mais investimentos direcionados a tecnologia. Notamos que as empresas com melhor desempenho econômico são aquelas mais dispostas a desenvolver novos negócios digitais, além de digitalizar seus negócios principais. Ambas as atividades exigem investimentos em tecnologia.

 

Priorizar investimentos em tecnologia,

medir seu retorno e maximizar a geração de valor

 

No entanto, a lista de desejos sempre excede o orçamento. Por isso, CEOs devem comprometer suas organizações a priorizar investimentos de alto valor. Para reforçar essa disciplina, convém começar perguntando: “Como rastrear e maximizar o valor produzido por nossos principais investimentos em tecnologia”?

Uma abordagem eficaz não envolverá apenas a medição do retorno dos investimentos, mas também a realocação frequente do capital para oportunidades promissoras – esta é outra prática associada à boa performance econômica.

As funções modernas de TI seguem práticas do chamado design-thinking, que significa buscar um entendimento profundo das necessidades dos usuários como base para novos produtos. A pesquisa da McKinsey mostra que essas práticas estão relacionadas à boa performance financeira. Os CEOs podem sondar seus subordinados perguntando: “Com que frequência nossas equipes de tecnologia buscam informações dos usuários”? Se a resposta não for “em todas as etapas”, o pessoal de TI tecnologia não adotou design-thinking.

Quando e como terceirizar os recursos tecnológicos?

        Na busca pela redução de custos, os tradicionais responsáveis pela área de TI terceirizam grande parte de seu trabalho de desenvolvimento e engenharia para se concentrar no gerenciamento de fornecedores e projetos. Só que as funções modernas de TI tendem a valorizar mais a inovação do que o controle de custos. Portanto, reúnem funcionários de alto nível e os equipam com métodos e ferramentas sofisticados, além de suporte especializado a fornecedores. Para criar um modelo de recursos que acelere a inovação, CEOs devem pressionar pela inclusão dos quatro elementos a seguir:

Mais talentos em engenharia. Para as tecnologias de missão crítica, as empresas recrutam engenheiros qualificados e os incentivam com treinamento de qualidade e incentivos atraentes. Assim, eles podem se concentrar no trabalho técnico sem sacrificar a chance de ganhar salários em nível gerencial. Para avaliar essa estratégia, os CEOs devem perguntar: “Colocamos engenheiros de alto calibre em funções de TI suficientes para gerar mais valor à empresa”? Qualquer número abaixo de 70% é um sinal de alerta.

Métodos de trabalho ágeis. São práticas que produzem resultados rápidos. As equipes de tecnologia desenvolvem versões iniciais de novos produtos, compartilham-nas com os usuários e fazem as melhorias que eles desejam. Os CEOs podem testar a agilidade da TI perguntando: “Quantos projetos o pessoal de TI encerrou porque não estavam gerando valor”? Se não encerrou alguns projetos, o trabalho não está sendo suficientemente ágil. Isso ocorre porque práticas ágeis exigem o término dos projetos assim que fica claro que não estão funcionando.

Ferramentas de ponta. As modernas práticas de TI propõem ferramentas de Inteligência Artificial que automatizam as rotinas de desenvolvimento, teste e implantação de software, reduzindo o tempo de colocação de produtos no mercado. Ganha-se mais eficiência transferindo sistemas para a nuvem. Para avaliar as ferramentas, os CEOs podem perguntar: “Quanto tempo leva para nossa empresa implantar novos aplicativos”? Deve levar apenas alguns minutos, se a infraestrutura for configurada automaticamente na nuvem.

Parcerias direcionadas ao fornecedor. É recomendável que a área de TI aprimore seus conhecimentos e capacidades nas áreas em que buscam vantagens estratégicas; e formem parcerias de terceirização nas capacidades não estratégicas, ou especializadas demais. CEOs podem investigar seus modelos de parceria perguntando quais recursos de TI vêm dos fornecedores por quê. Diretores e líderes de TI devem ter um plano para reduzir a participação dos fornecedores na administração e aprimorar em casa esses recursos.

*Texto extraído de um estudo da consultoria McKinsey sobre administração dos departamentos de TI. Para ver o estudo na íntegra, clique neste link. 

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