TECNOLOGIAS “SEM CONTATO” MUDAM PANORAMA NO CAMPUS


16 de novembro de 2020

 

Por Melissa Ezarick*

Nas escolas americanas, pressionadas pela necessidade de adotar medidas de segurança em função da pandemia, as tecnologias contactless – que funcionam por aproximação – começam a se revelar um excelente investimento. Dos aplicativos para pedir comida aos dispositivos que abrem portas sem maçaneta, passando por novas formas de ligar equipamentos variados, está crescendo a gama de produtos e serviços que dispensam o contato físico e o compartilhamento de objetos.

CONTACTLESS (“sem contato”) indica ações ou procedimentos que dispensam o contato físico entre pessoas

“O interesse por essas soluções é grande”, revela Gary Link, que dirige uma cooperativa de suporte em vários setores das instituições escolares. Desde que os campi foram fechados, a empresa registrou aumento na demanda por produtos que reduzem, ou eliminam, o contato físico entre estudantes, professores e funcionários.

Até então, a maioria se acostumou a soluções como painéis de toque, telas touch e o compartilhamento de mesas, armários, cabides etc. “No caso das salas de aula, a ideia agora é entrar e tudo se ligar automaticamente”, diz Keith Fowlkes, ex-diretor de universidades. Segundo ele, embora o conceito touchless AV seja antigo, as soluções apresentadas até agora eram caras e não totalmente confiáveis.

TOUCHLESS (“sem toque”) se refere a objetos ou dispositivos que podem ser usados sem tocar na sua superfície

Com a pandemia, explica ele, a maior preocupação dos gestores escolares passou a ser limpar várias vezes por dia as telas de toque e cobrir os aparelhos com materiais que supostamente não transmitem infecções. Isso tende a mudar, independente dos custos, na medida em que se percebe que a COVID não irá desaparecer tão cedo.

A seguir, algumas das soluções já disponíveis no mercado e que vêm sendo adotadas em muitas escolas:

 

CRACHÁS

Em lugar de passar o seu a toda hora em portas e catracas, usar o celular cadastrado com seu ID em todas as transações dentro do campus, incluindo refeições, máquinas de refrigerantes, acesso a bibliotecas etc.

 

ARMÁRIOS

Sensores conectam o armário ao sistema central da escola, informam quando alguém utiliza; as fechaduras podem ser abertas/fechadas via Código QR ou pelo próprio ID do estudante.

 

SALA DE AULA

Conexão sem fio, mediante senha de identificação. Ao chegar, o estudante conecta seu dispositivo pessoal ao sistema de áudio/vídeo da sala, podendo compartilhar conteúdos.

 

RECONHECIMENTO FACIAL

Embora polêmico em função das legislações de proteção de dados, um sistema de câmeras pode ser usado em algumas aplicações. Existem modelos micro, não invasivas, discretamente posicionadas em pontos estratégicos; e também as do tipo PTZ, que se movimentam automaticamente.

 

SINALIZAÇÃO DIGITAL

Dispositivos que respondem a comandos de voz e/ou comandos visuais – gestos, pointers ou até movimentos dos olhos – podem ser úteis na comunicação com os estudantes.

 

ENTREGA DE COMIDA

São serviços internos da escola, que podem ser acionados por app, evitam filas e trânsito em lanchonetes e refeitórios. Algumas escolas americanas instalaram pontos específicos para retirada das encomendas e até a entrega através de robôs.

 

*Artigo publicado no site University Business. Para conferir o original, clique aqui.

 

Veja também:

 ENSINO PRESENCIAL OU ONLINE? O QUE DIZEM OS DADOS
 SITE PREMIA OS MELHORES PROJETOS AV DOS EUA
SEIS TECNOLOGIAS QUE ESTÃO TRANSFORMANDO A EDUCAÇÃO
IDEC-BRASIL LANÇA GUIA DO RECONHECIMENTO FACIAL