COMO DIMENSIONAR UMA REDE CORPORATIVA SEM FIO


15 de fevereiro de 2017

Por Daylon de Fontes*É fato que Wi-Fi é uma das tecnologias mais importantes do século. O dispositivo de rede sem fio viabiliza operações complexas como a Internet das Coisas até tarefas mais simples, como conexão para um celular, por exemplo. Se a importância desse tipo de conexão é reconhecida no mercado, por que empresas e indústrias ainda enfrentam tantos problemas com redes Wi-Fi?

A simplicidade e democratização do Wi-Fi podem ser considerados como fatores que atrapalham a utilização corporativa e industrial desse tipo de tecnologia. Para bom grau de cobertura, segurança, alta disponibilidade e alta velocidade de conexão, redes Wi-Fi corporativas e industriais demandam maior performance do que as residenciais, exigindo serviço especializado na instalação e configuração.

As principais dificuldades em redes não planejadas são: falta de cobertura, baixo tráfego de dados e problemas com atualização/reparos na rede. Esses obstáculos de segurança e disponibilidade podem ter impacto direto na operação de qualquer empresa/indústria, independentemente da sua vertical, já que o Wi-Fi está diretamente ligado a atividades diárias dos colaboradores, além de garantir o perfeito funcionamento dos aparatos tecnológicos.

Com tantos prejuízos que a falta de conexão pode trazer, como transformar minha rede Wi-Fi em um ambiente planejado? Primeiramente, você deve deixar o conceito de que qualquer tipo de infraestrutura Wi-Fi é igual, sem diferença. Hoje, players especializados no desenvolvimento de ambientes de redes de alto desempenho utilizam softwares específicos para essa ação, apontando falhas na cobertura, melhores canais de conexão e instalação de pontos de acesso em locais corretos, por exemplo. Com essas ações planejadas e aferidas via software, todos os problemas já citados podem ser evitados, garantindo produtividade máxima para colaboradores e ferramentas que dependam da utilização do Wi-Fi.

Outra vantagem operacional é a adoção em uma gerência centralizada, que permite a visualização de todos os pontos de acesso de maneira única, visibilidade de todo uso e tráfico da rede por região/usuário, tudo isso em tempo real. A escolha de um bom ponto de acesso também é um diferencial de mercado, já que os equipamentos mais atualizados podem ter ações autônomas, garantindo a qualidade da conexão e serviço sem depender de ações da central de controle ou influência humana.

Além dos problemas técnicos e estruturais, o avanço das tecnologias de Wi-Fi e planejamento de rede estão quebrando outro paradigma, a “sensação de falta de segurança”. Se antes grandes empresas e usuários mais desconfiados preferiam o uso do cabo, sentindo-se mais confortável, hoje os ambientes Wi-Fi têm uma série de certificados e ferramentas que garantem um acesso seguro e confiável, conquistando pessoas que não viam o Wi-Fi com bons olhos. Serviços e produtos como esses hoje são ofertados por empresas especializadas e a boa notícia é que nem sempre os custos são inviáveis, pelo contrário, a relação custo-benefício tem ficado cada vez melhor.

*O autor é engenheiro de aplicações da Seal (SP). O artigo foi publicado originalmente no site Computer World.