Mercado de eventos ao vivo cresce no Brasil, apesar da crise


22 de março de 2016

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Os cachês dos grandes artistas internacionais, pagos em dólar, continuam subindo com a constante evolução da moeda americana. Nomes como Aerosmith, The Black Keys e The Rolling Stones podem atingir a marca de US$ 1,5 milhão por show, de acordo com levantamento feito pelos portais Business Insider e Celebrity Talent. Mas isso não impede, por exemplo, que os Rolling Stones façam shows com ingressos esgotados para cerca de 250 mil pessoas em quatro apresentações no Brasil, como aconteceu em fevereiro.

O mercado de shows é um dos que mais crescem no Brasil, apesar das dificuldades econômicas, indica um estudo da PwC (PricewaterhouseCoopers), sob o título “Entertainment and Media Outlook 2015-2019”. A previsão é de atingir US$ 232 milhões (R$ 900 milhões) este ano. E, com crescimento médio anual de 6,4%, chegar a US$ 280 milhões em 2019. A cidade de São Paulo encabeça a lista, principalmente por ser um “hub” do ponto de vista logístico e por ter a infraestrutura necessária para receber os turistas locais e estrangeiros.

“Quando analisamos o mercado de shows e grandes eventos no Brasil, temos que levar em conta tudo o que envolve a produção de uma atividade desse porte”, afirma Victor Alarcón, gerente de projetos da TecnoMultimedia InfoComm. Isso, segundo ele, inclui infraestrutura e aluguel do local, organização, os sistemas profissionais de áudio e vídeo, até os prestadores de serviços de alimentação, transporte e segurança; além do setor de hotelaria e turismo, que cresce muito no período dos eventos.

Em 2015, 501 artistas estrangeiros se apresentaram no estado de São Paulo. Ao todo, foram 583 apresentações e mais de 26 festivais. Esses números fazem parte do levantamento anual do portal Rockin’Chair, que realiza o estudo pelo quarto ano consecutivo. Os chamados “megashows”, com mais de 10 mil espectadores, perderam espaço para os shows menores, com até 2 mil pessoas, que somaram 82% do total. Entretanto, isso reforça a tendência pelo aumento da demanda de empresas especializadas que realizam esses shows.

Esse será um dos focos da TecnoMultimedia InfoComm Brasil 2016, que acontece em maio, em São Paulo. “Será é uma ótima oportunidade para que os profissionais do Brasil e da América Latina vejam, em um único lugar, as novas tecnologias para a indústria de áudio, vídeo, iluminação e sistemas profissionais integrados”, diz Alarcón.

Entre as empresas que já confirmaram participação no evento estão 2MG Net, AAT, Absolute, AMCP, Analog Way, Audio-Technica, Barco, BenQ, Biamp Systems, Casio, Christie, Crestron, Discabos, Epson, Eleven, Evertz, Extron, Gestton, Gonsin, Harman, IATEC, Icap, Info3, Kramer, Loudness, Munddo, NEC, Neocontrol, Onumen, Panasonic, PRG, Reality Projeções, RGB Link, Rhox, Shure, SZ Reach Tech e Taiden.