HOSPITALITY: O PODER DAS EXPERIÊNCIAS INTEGRADAS DE ÁUDIO E VÍDEO


6 de maio de 2019

 

Da AVIXA*

Chegando ao Hotel Renaissance, no centro de Manhattan, você pode ver um relógio de leds de quatro andares no topo do edifício. As imagens no relógio mudam a cada segundo – um total de 86.400 todos os dias. Formas e cores ecléticas dão vida ao hotel, para que todos possam desfrutar.

Lá dentro, você se vê interagindo imediatamente com obras de arte digitais, projetadas ao longo das paredes de um corredor que abrange todo um quarteirão da cidade. O display não muda sozinho – ele só responde aos seus movimentos.

Alguns passos depois, você chega ao Discovery Portal do hotel, em um ambiente separado. Um grande display ganha vida quando se passa por círculos projetados no chão. Você se torna um buscador vivo de opções em culinária, música ao vivo, teatro, compras e outras atividades naquela área da cidade, organizadas em colaboração com a revista Time Out New York. Quando você aponta para uma das atrações, o software de reconhecimento de gestos aciona informações mais detalhadas. E você nem entrou no lobby do hotel.

Ao sair do elevador para o lobby (foto), situado alguns andares acima, encontram-se mais obras de arte dinâmicas e atraentes projetados nas paredes. No check-in, você está completamente imerso na marca Renaissance e nas atrações do bairro. Se isso parece algo “incomum nos negócios”, como o Renaissance chama, é exatamente uma marca registrada para um hotel atento aos millennials e seus estilos de vida.

“Continuamos a estudar experiências audiovisuais como ambientes imersivos, internet das coisas, interfaces adaptáveis ​​e a neurociência do envolvimento do cliente em um mundo digital”, afirma David Kepron, vice-presidente de Estratégias Globais de Design da rede Marriott International, proprietária da marca Renaissance. “A influência da cultura digital sobre uma nova geração de hóspedes resultará em expectativas muito diferentes sobre seus relacionamentos com as marcas que eles amam”.

 

Tecnologias audiovisuais impulsionam o envolvimento        

As experiências audiovisuais integradas estão revolucionando o segmento de hospitality. Não são complementos ou reflexos, mas o resultado de uma cuidadosa combinação de conteúdo, espaço e tecnologia projetada para criar vivências.

“As empresas precisam manter sempre os humanos devem em primeiro plano para criar experiências incríveis, auxiliadas pela tecnologia moderna”, diz Jason Clampet, cofundador da Skift, companhia de mídia que trata da inteligência do setor de viagens. “O mercado de hospitality pode ser se beneficiar muito dessa nova cultura”.

Hotéis, resorts, empresas de cruzeiros e restaurantes que adotam experiências audiovisuais integradas estão reinventando a própria ideia de viagem. Eles se transformam em destinos, atraindo os hóspedes para  o prazer das áreas abertas e a intimidade de recantos isolados. Mudam com isso o relacionamento do convidado com sua marca por meio da imersão e de conteúdo digital dinâmico.

As experiências audiovisuais integradas ajudam as marcas de hospitality a alcançar diversos resultados de negócios:

  • Criar espaços públicos mais animados. Os lobbies não são mais pontos de passagem, mas lugares onde as coisas estão acontecendo. Os hóspedes podem acessar informações por meio de grandes telas touchscreen, ou sentar-se em mesas comunitárias equipadas com tomadas. Salas separadas recebem viajantes solitários e pequenos grupos que precisam de alguma privacidade. A Marriott trabalhou com pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) para repensar o lobby como um espaço onde os hóspedes se sentem bem-vindos e podem se conectar uns com os outros.

 

  • Atrair tanto viajantes quanto empresários locais. O hotel Mandarin Oriental, no Columbus Circle, em Nova York, oferece aos organizadores de eventos um salão multifuncional de 800 lugares que pode ser subdividido em cinco zonas separadas de conteúdo audiovisual. Os apresentadores podem controlar o áudio dos discursos, a música ambiente, o sistema de amplificação PA, a iluminação e muito mais, tudo a partir de um simples painel de toque.

 

  • Fornecer acesso mais fácil a informações úteis. Os clientes querem saber o que está disponível para eles quando chegam, incluindo cultura, esportes, compras e restaurantes locais. E querem essa informação disponível no formato mais conveniente naquele momento. Muitos hotéis e resorts estão usando sinalização digital, a TV do quarto e aplicativos móveis para oferecer aos hóspedes mais controle e conveniência no acesso a essas informações.

 

 

  • Utilizar automação para redefinir espaços dinamicamente. Todos os restaurantes usam áudio, iluminação e climatização para criar uma atmosfera agradável, mas muitos dependem de um ecossistema audiovisual integrado para atender a uma clientela diversificada e que muda a todo momento. A Buffalo Wild Wings (foto), rede de restaurantes e sports bars, consegue criar sub-ambientes de forma rápida e fácil para atender a grupos interessados ​​em um determinado esporte ou evento.

 

  • Criar experiências multissensoriais para que os viajantes possam testar novos destinos. Empresas de viagens e hospitality estão começando a abraçar a realidade virtual (VR) para replicar experiências, por exemplo, adicionando aos vídeos o cheiro e o som das ondas do mar, proporcionando aos hóspedes um apetite por novas aventuras. A Thomas Cook Airlines foi uma das primeiras a adotar VR: seus clientes podem sobrevoar Manhattan, experimentar o sol à beira da piscina em um hotel de primeira classe na Espanha ou visitar um restaurante em Chipre, utilizando essa tecnologia.