Será que a cor é mais importante que a resolução?


14 de maio de 2015

Por Robert Archer

Desde o fiasco do 3D como instrumento para vender mais filmes e TVs, tanto os fabricantes de equipamentos quanto os estúdios de Hollywood determinaram que a tecnologia 4K (Ultra-HD) seria uma ótima oportunidade. De fato, todos começaram a focar nesse tipo de produto, que vem sendo a maior atração nas feiras internacionais de eletrônicos, como CES e InfoComm.

Mas há alguém que é mais cauteloso. Joel Silver, presidente da ISF (Imaging Science Foundation) e um dos mais respeitados homens da indústria de vídeo, já vem alertando há cerca de um ano que outros fundamentos devem ter maior prioridade que a resolução. Silver acha que o 4K não conseguirá revolucionar o mercado, se não for acompanhado do padrão HDR (High Dynamic Range).

A razão para isso, diz ele, é que as pessoas convivem com a mesma resolução temporal desde 1939. E somente a partir de 2017 é que os avanços em gama de cores (color gamut) serão percebidos como inovação. “Passar de 2K para 4K é uma evolução, mas não uma revolução”, diz Silver. “Mas as novas cores, sim. Eu preferiria ver imagens dinâmicas em 2K, com HDR, do que simplesmente ter mais pixels. Uma imagem com pretos mais profundos ou cores melhores, isso sim causa impacto. A resolução só é percebida quando se está perto da tela.”

Para o especialista, 4K é apenas a primeira parte de um novo sistema de vídeo que só poderá ser expandido quando estiverem prontas as especificações de cores. “A atual recomendação BT.2020, da ITU-R (International Telecommunications Union Radio Communications), também chamada Color Space 2020, será ótima para fontes a laser, mas não para TVs”, prevê.

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