HDCP 2.2: tentando entender a confusão


16 de maio de 2015

Por John Siacca

HDCP. Será que quatro letras algumas vez já causaram tanta confusão entre os integradores? A versão 2.2 desse código de proteção anticópia foi criada especialmente para se trabalhar com conteúdos 4K, mas nem todo mundo sabe que se uma pequena parte do sinal não tiver o código não haverá imagem. Para aumentar a polêmica, sabemos agora que nem todo produto certificado com HDMI 2.0 é compatível com sinal HDCP 2.2.

Na verdade, ainda são bem poucos os aparelhos dessa categoria. Pesquisando com os próprios fabricantes, descobrimos que são raros os que já têm condições de oferecer, por exemplo, receivers com HDCP 2.2. E, consultando fóruns da internet, constatamos que alguns – mesmo sendo especificados como tal – utilizam chipset que só aceitam taxas de 10.2Gbps (similar à do HDMI 1.4), e não 18Gbps, como no HDMI 2.0. Esses chips não admitem a passagem de sinal 4K/60 com amostragem de cor 4:4:4; estão limitados ao color space 4:2:0.

O chip HDCP 2.2 mais comum atualmente é o SiL9679, da Silicon Image, empresa que nos confirmou ter incluído na especificação taxas de quadros de 24, 25 e 30fps, em 4K e 2K. “Nessas resoluções, o suporte de cores é 8-bit RGB/YCbCr 4:4:4, além de 8/10/12-bit YCbCr 4:2:2”, nos disse Kristin Uchiyama, gerente de comunicações da SI. Segundo ela, há um novo chip a caminho (SiL9777), com suporte a taxas de 18Gbps em HDMI 2.0, incluindo 4K 50/60.

Outro fabricante consultado, a Onkyo/Integra, informou que não existe ainda conteúdo gravado em Color Space 4:4:4, algo que está previsto para os discos Blu-ray 4K. Quando isso acontecer, o aparelho terá de ser HDCP-2.2 para transmitir integralmente o conteúdo; e não haverá a opção de desabilitar o 4:4:4.

Alguns fabricantes esperam aderir ao HDCP 2.2 utilizando dois conectores de saída paralelos: um para enviar conteúdos protegidos ao display e outro para enviar apenas áudio (sem HDCP 2.2) ao receiver. Para complicar ainda mais a questão, as atualizações não poderão ser feitas simplesmente via firmware ou software. Até agora, nenhuma empresa mencionou essa possibilidade, com exceção da NAD, que utiliza cartões de atualização em seus produtos.

Seria esse um sinal de que todos os receivers e processadores atualmente à venda ficarão obsoletos? Talvez não, mas é fato que a indústria vive um momento de transição.

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