E-COMMERCE ADOTA VÍDEO AO VIVO PARA GERAR NOVOS NEGÓCIOS


30 de setembro de 2020

Da Bloomberg*

Um quarto de século após o surgimento da Amazon, a experiência de compras on line permanece basicamente a mesma. As pessoas navegam dentro de um site e escolhem o que comprar. Mas vem aí uma importante evolução, que irá misturar streaming de vídeo, redes sociais e celebridades para criar uma nova experiência de compras. Será mais uma ruptura num setor já duramente afetado como é o varejo.

O chamado “streaming e-commerce” – ou também live selling (“compras ao vivo”) – permite a qualquer celebridade, influenciador ou mesmo o dono de uma loja qualquer criar facilmente seu próprio canal de compras na TV. Que é também uma rede social e uma plataforma de compras. E a uma fração do custo!

Imagine que o Instagram, por exemplo, seja o local onde você faça suas compras, a partir de vídeos ao vivo com as pessoas que você segue. Ou, em vez de simplesmente dar um like num vestido mostrado por uma especialista em moda, você possa comprá-lo diretamente dela.

“É quase como digitalizar toda uma grande rede de varejo”, diz Deborah Weisnwig, CEO da empresa de pesquisas Coresight. “Uma grande oportunidade”, acrescenta ela, lembrando que esse tipo de comércio online já registrou vendas de US$ 60 bilhões em todo o mundo em 2019. E os EUA, maior mercado, foram responsáveis por apenas uma fração: US$ 1 bi. A maior parte logicamente se concentra na China.

Algumas plataformas de streaming e-commerce vêm crescendo de forma consistente no mercado americano desde 2018. TalkShopLive, por exemplo, aumentou as vendas em sete vezes durante a pandemia. Brandlive, que trabalha com centenas de fabricantes, estima dobrar suas receitas em 2020. E CommentSold teve aumento de 50% nos gastos por usuário, passando de US$ 326 milhões para US$ 1 bilhão em vendas.

COVID-19 ACELEROU MUDANÇAS NO VAREJO

Ntwrk, um aplicativo mobile que utiliza vídeos ao vivo para vender itens de colecionador, como séries limitadas de tênis, cresceu 400% este ano. Um único item – adesivo dourado criado por um joalheiro famoso – teve vendas de US$ 120 em apenas 5 segundos, enquanto outros vídeos passaram de US$ 1 milhão em 10 minutos…

Grandes empresas também estão investindo nessa tendência. A plataforma de streaming da Amazon apresenta vídeos diários com produtos de fitness, maquiagem e culinária. Em maio, Facebook inaugurou a sua, incluindo Instagram. Grandes redes de varejo como HSN e QVC passaram a veicular no Facebook e no YouTube, e agora planejam uma plataforma própria de streaming shopping permitindo feedbacks dos usuários.

Como em tantas outras áreas, o coronavírus acelerou as mudanças no comportamento dos consumidores. O fechamento de tantas lojas físicas naturalmente empurrou as pessoas ao mundo online, e isso incentivou mais empresas a investirem em e-commerce e marketing pela internet.

Aumentaram os gastos com publicidade digital, e muitas marcas que antes da COVID já atuavam na internet passaram a arrendar espaço para novas lojas em plataformas, uma forma mais barata de conquistar clientes.

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