STREAMING CORPORATIVO: ESPECIALISTAS ANALISAM AS ATUAIS TENDÊNCIAS


12 de junho de 2019

Por Camille Burch*

À medida que a qualidade dos equipamentos de vídeo aumenta, é possível ganhar em capacidade de transmissão para as necessidades de streaming na empresa. Com a rápida evolução das tecnologias e a convergência entre aplicativos de streaming e aplicativos de uso nos negócios, esse é um segmento que deve ter grandes avanços nos próximos meses. Este artigo é uma foto de onde estamos agora, baseado em depoimentos de alguns líderes do setor, que convidamos para analisar as tendências de mudança nas necessidades dos usuários corporativos e as melhores práticas de streaming AV.

Tendências mais recentes


        Streaming de vídeo tornou-se uma ferramenta essencial de comunicação nos ambientes corporativos. Anos atrás, havia uma mística em torno da captura e transporte dos sinais com alta qualidade. Com essa prática se tornando mais comum, ganha-se também na eficiência operacional.

As empresas querem minimizar sua dependência de pessoal dedicado em TI e AV para suportar suas necessidades de transmissão, além de coordenar as equipes para que o tráfego de conteúdos de vídeo não seja bloqueado na rede. “Os departamentos querem ser auto-suficientes, e precisam de ferramentas fáceis de usar, ainda que tenham pouca experiência técnica”, diz Nick Ma, CEO e CTO da Magewell, que fabrica equipamentos para redes AV. “Com isso, as equipes podem gastar mais tempo em projetos e tarefas de maior valor, e menos tempo com suporte operacional básico”.
Segundo ele, há dois tipos diferentes de streaming corporativo: transmissão interna dentro da corporação (para treinamento, reuniões de funcionários, comunicações para grandes equipes etc.) e transmissão da corporação para espectadores externos (reuniões de acionistas, anúncios públicos, eventos de lançamento de produtos etc). Na maioria dos projetos, é importante levar ambos em consideração.
Outra tendência é a codificação dos conteúdos visando um público maior. Quando se trata de transmissões externas, a principal preocupação da empresa deve ser garantir capacidade de distribuição para as mídias sociais. Para muitas organizações, estas se tornaram essenciais como meio de comunicação e também como métrica de desempenho.

Qualidade e quantidade

Ter um sinal consistente e confiável, independente da aplicação, é o que cada vez mais se espera de uma rede AV. As organizações sabem o valor de seus dados e conteúdos, e buscam criar mídias de melhor qualidade e mais bem produzidas, para treinamento, colaboração, desenvolvimento de cultura corporativa etc.
“Transmissões ao vivo estão sendo otimizadas”, diz Sam Recine, da Matrox, fornecedora de equipamentos para redes. “A capacidade de fornecer conteúdo ao vivo para muitos dispositivos diferentes, em qualquer local do mundo, tende a ser cada vez maior, mas sempre levando em conta aspectos como qualidade do sinal, latência e a taxa de bits utilizada”

O chamado balanceamento de carga  é uma mudança importante nos novos projetos de streaming corporativo: em vez de enviar apenas os fluxos principais de dados para a nuvem e, em seguida, fazer toda transcodificação lá, os codificadores passam a atua como pontos de captura. Eles enviam simultaneamente sinais de várias resoluções, para reduzir os custos recorrentes de transcodificação. Isso ajuda a manter a qualidade durante o processamento na nuvem e  reduz a latência no streaming ao vivo.

Fluxos de streaming em 4K

 

Captar vídeo de várias câmeras e fontes de sinal é algo que sempre agrada o público. Cria-se a possibilidade de personalizar os ângulos de um evento específico, e além disso pode-se editá-los facilmente com materiais de apresentação, melhorando a experiência de visualização. Segundo os especialistas que entrevistamos, o fato de as pessoas estarem hoje mais habituadas a ver conteúdos 4K e HDR no dia a dia, faz crescer a demanda por mais largura de banda nas empresas.

Nesses casos, embora o codec H.264 (AVC) continue sendo o preferido, começam a surgir mais consultas em torno do H.265 (HEVC). Este é mais interessante para aplicativos internos de transmissão corporativa, por sua eficiência no uso da banda disponível. Mas H.264 é necessário pela compatibilidade com a maioria das aplicações, plataformas de streaming externas (como as mídias sociais), e dispositivos de visualização existentes.        Em termos de fontes, a maioria dos usuários prefere HDMI. Mas, no futuro próximo, pode-se esperar demanda por soluções híbridas, com fontes SDI e HDMI sendo convertidas no espaço IP.

*Texto extraído de artigo publicado pelo site AV Network. Para ver o original na íntegra, clique aqui. Tradução: Enzo Mota.

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