INTERNET DAS COISAS E A FALTA DE MÃO-DE-OBRA ESPECIALIZADA


11 de setembro de 2017

Por Inmarsat*

A mais recente pesquisa do provedor global de comunicações por satélite Inmarsat acaba de identificar que uma proporção significativa de empresas globais não possui habilidades em Internet das Coisas (IoT) nos diferentes níveis de suas organizações, bem como em disciplinas técnicas fundamentais, o que coloca em risco o sucesso de suas implantações de IoT e a segurança de seus dados.

Como parte do relatório “The Future of IoT in Enterprise – 2017”, da Inmarsat, a empresa especialista em pesquisa de mercado Vanson Bourne entrevistou 500 decisores em TI de grandes organizações nas regiões das Américas, Europa, Oriente Média, África e Ásia. Entre os principais destaques do Brasil, 94% dos entrevistados relataram que precisavam de pessoal adicional de nível sênior e estratégico, com habilidades para definir os objetivos e as prioridades para implantações de IoT.

Esse número diminui apenas um pouco quando comparado à América Latina, 86% − já a média global é de 76%. Além disso, 91% dos entrevistados brasileiros identificaram falta de pessoal com experiência de gerência em implantações de IoT (na América Latina, a média foi de 85%, e, globalmente, 72%); e, para 97% dos brasileiros, faltavam habilidades na entrega prática de soluções de IoT para garantir que as soluções funcionassem como se pretendia (91% em LATAM e 80% globalmente).

A falta de pessoal com habilidades focadas em IoT também se estende a disciplinas técnicas específicas. 81% dos entrevistados brasileiros e 74% dos latino-americanos relataram que necessitavam de pessoal adicional experiente em cibersegurança, para lidar com a vasta quantidade de dados gerados pelas soluções de IoT; 28% dos brasileiros, 40% dos respondentes da América Latina e 46% dos globais identificaram um déficit de pessoal com experiência em análise e ciência de dados; e 34% de brasileiros e latino-americanos (e cerca de metade – 48% – globalmente) careciam das habilidades de suporte técnico necessárias para tornar seus projetos de IoT bem-sucedidos.

De acordo com o Presidente da Inmarsat Enterprise Business Unit, Paul Gudonis: “Existe um reconhecimento claro, por organizações de todos os setores, de que IoT desempenhará um papel fundamental na transformação digital e na capacidade de obter uma vantagem competitiva. Mas, para que isso aconteça, as empresas precisam contar com os conjuntos de habilidades corretas. E, como nossa pesquisa demonstra, muitos hoje se encontram sem a equipe qualificada necessária para essa transformação e não conseguem aproveitar o potencial oferecido pelas soluções de IoT. A menos que este déficit de habilidades seja devidamente resolvido, existe o risco de os projetos de IoT falharem e as empresas estarão abertas a novas ameaças à segurança, colocando um freio indesejado na inovação”.

Em relação ao status de implementação de IoT, 52% das organizações brasileiras que responderam à pesquisa revelaram já estar em andamento com o processo de implementação das soluções. Quando comparadas às respostas latino-americanas, somente 38% já estão avançadas nesse processo.

Quando perguntados sobre os desafios enfrentados em relação a IoT, os brasileiros identificaram segurança como a principal barreira (58%), seguidos de falta de conhecimento interno de seus profissionais (55%), complexidade da infraestrutura de TI já existente (52%) e custos elevados (45%). Problemas com conectividade (45%), falta de visão para o potencial dessa tecnologia (42%) e de sua prioridade (39%) também foram aspectos mencionados.

Identificando como as empresas podem se preparar para a revolução da IoT, Gudonis conclui: “À medida que o valor potencial das soluções IoT se torne mais aparente, as taxas de implantação deverão aumentar, colocando ainda mais pressão no grupo de funcionários com as habilidades necessárias para tornar bem-sucedidos os projetos de IoT. As empresas deverão, portanto, tomar rapidamente medidas para aprimorar o seu pessoal existente e preencher as lacunas em seus conjuntos de habilidades internos com novas contratações. Mas, no prazo mais longo, o foco deverá ser o estabelecimento de parcerias estratégicas com especialistas em IOT. Com a economia de escala, os parceiros especializados poderão ajudar as empresas a superar seus estrangulamentos de habilidades e tornar suas implantações de IoT bem-sucedidas”.

A IoT está mudando a maneira como as empresas operam, mas depende de uma conectividade confiável. Muitos dos locais que mais se beneficiam das tecnologias de IoT são remotos e estão localizados onde as redes terrestres não chegam ou não funcionam bem o tempo todo. A Inmarsat fornece conectividade global via satélite com até 99,99% de tempo de atividade, permitindo que os projetos de IoT prosperem, mesmo nos ambientes mais remotos e hostis.

O micro site de pesquisa pode ser visualizado e o relatório pode ser baixado aqui: research.inmarsat.com.