Como escolher entre display e projetor


21 de janeiro de 2016

projeto

Para salas de aula, conferências e apresentações, veja qual das duas soluções tem melhor custo-benefício*.

Toda empresa necessita mostrar o que produz. Seja numa sala de conferências, auditório, reuniões de executivos, ou mesmo para impressionar os clientes, é preciso pensar na melhor maneira de exibir seus conteúdos. E, como se sabe, existem duas: displays e projetores. Só que hoje, com vídeos de alta definição, internet e formas variadas de instalação, a decisão nem sempre é fácil.

De modo genérico, pode-se dizer que um display ou monitor de vídeo sempre causa maior impacto. Imagens digitais podem ser customizadas para se tornar mais brilhantes, vibrantes, do que normalmente se consegue com projetor e tela. Isso vale mais ainda em ambientes com excesso de luz, onde imagens projetadas fatalmente saem lavadas.

Com a alta qualidade dos displays atuais, e considerando que a maioria dos espaços corporativos já tem iluminação intensa, vem se tornando comum o uso de TVs ou monitores nas áreas com maior tráfego de pessoas. Não é por outra razão que em espaços públicos – estações, hotéis, hospitais, museus – os displays ganham a preferência dos projetistas e dos administradores. Há casos em que a simples existência do display, posicionado na vertical, inclinado, às vezes pendurado no teto ou até mesmo no chão, faz as pessoas pararem para ficar olhando.

Uma das principais vantagens do vídeo está em poder montar os displays conforme a necessidade. Dois de 55”, por exemplo, podem ser combinados para compor uma área de visualização mais larga; ou podem exibir conteúdos que se complementam entre si. E a própria forma geométrica da tela pode ser customizada, inclusive para criar os chamados huddle rooms – pequenos espaços onde um grupo (tipicamente, de 4 a 8 pessoas) podem se reunir para um job específico, utilizando recursos de áudio, vídeo e internet.

Os displays dão sempre maior flexibilidade aos usuários, a tal ponto que estes acabam se acostumando a trabalhar com esses dispositivos. No mercado americano, já existem fabricantes oferecendo displays com sistema de videoconferência embutido. Com uma simples conexão Wi-Fi, tem-se um ganho fantástico quando há necessidade alguém fazer uma apresentação; esta pode ser armazenada num pen-drive, ou no próprio smartphone, e ser exibida a qualquer momento.

O segredo do projeto, no caso, está em calcular o tamanho de display mais eficiente: todos os participantes de uma reunião dessas devem poder ver nitidamente as imagens e ler os textos na tela. Mas determinadas atividades exigem mesmo telas maiores, e nesse caso – embora já tenhamos no mercado displays na faixa de 100” – as telas de projeção continuam sendo altamente recomendadas.

Muito do trabalho do projetista consiste em tirar o máximo proveito de um projetor, tanto em termos de qualidade da imagem quanto nos custos de instalação e manutenção. A evolução tecnológica trouxe recentemente os projetos de curta distância (short-throw), que resolvem um antigo problema nos ambientes corporativos: o aproveitamento dos espaços. Quando a sala é grande, pode-se tranquilamente montar o projetor no teto, mesmo que não tenha lente short-throw. Mas, com o custo crescente do metro quadrado, essa passa a ser uma moeda valiosíssima.

Tanto num caso quanto no outro, porém, existe sempre a questão de onde posicionar a tela de projeção. Geralmente, este é o principal item de custo, pois além da altura ideal da tela o projetista precisa estudar como montá-la utilizando a estrutura existente e qual a melhor forma de acionamento (manual, automático ou via controle sem fio).

Falando em custos, sabe-se que, na média, um projetor com tela costuma sair mais em conta do que um display HD (isso vale também para equipamentos similares com resolução Ultra HD). No entanto, o cálculo não pode ser assim tão simples. É importante pensar no tempo para execução do projeto e, portanto, no custo por horas de trabalho.

Um detalhe que muitos esquecem é que quanto maior a tela, mais aumenta o custo de um display de vídeo, e isso não necessariamente acontece com um sistema de projeção. Havendo espaço, pode-se substituir uma tela de, digamos, 80” por uma de 150”, sem grandes transtornos. Mas, para fazer o mesmo com um display, o integrador terá que pensar em soluções como tiles, ou videowalls, em que dois ou mais monitores são acoplados para formar uma área de visualização maior.

Nesse caso, irá se deparar com um problema adicional: as margens entre os displays, que precisam ser quase invisíveis. Existem tecnologias avançadas para isso. Mas estas, como quase tudo, custam bem mais.

*Texto extraído de um estudo da Corporate Tech Decisions

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