COMO PLANEJAR UM SISTEMA DE ÁUDIO PARA SALAS DE REUNIÃO


1 de novembro de 2018

Por Tom LeBlanc*

Equipamentos de vídeo e ferramentas de colaboração podem ser interessantes, mas as salas de reunião tendem a ser um desastre sem um bom sistema de áudio. Embora o centro as atenções seja a tela, usuários e administradores de espaços corporativos frequentemente se esquecem que, sem áudio de boa qualidade, uma reunião simplesmente não tem como acontecer.

Quem gerencia ambientes de trabalho conjunto ainda precisa aprender a incluir a questão do áudio em seus orçamentos. Para que as reuniões sejam produtivas, é fundamental contar com microfones e alto-falantes. Especialistas insistem que, em salas corporativas, o áudio é muito mais importante do que o vídeo, mas o problema é que isso normalmente não consta dos projetos nem faz parte dos orçamentos.

Integradores consultados por nossa reportagem confirmam que, na maioria dos casos, seus clientes não levam em conta suas necessidades de áudio ao definir um projeto para salas de reunião. Pior: mais tarde, quando descobrem que o resultado não foi satisfatório, culpam exatamente o integrador… por isso, cabe aos projetistas, consultores e demais profissionais envolvidos educar os usuários a respeito.

É comum, por exemplo, desconsiderar aspectos como tamanho da sala e posicionamento dos microfones (no teto ou na mesma de reuniões), de forma adequada ao número de pessoas que normalmente utilizam o espaço.

Uma boa regra geral pode ser: um microfone para cada dois participantes. Numa sala para 14 pessoas, por exemplo, recomenda-se utilizar 6 ou 7 microfones em pontos espaçados da mesa principal ou do teto.

Aqui, o problema é que o usuário não sabe que os microfones precisam estar conectados a um mixer ou processador DSP, para permitir a mixagem correta, assim como equalização e cancelamento de eco – todos estes são itens indispensáveis a um espaço onde se exige áudio estável e de boa qualidade.

Usuários e administradores tendem a negligenciar esses itens. E a negligência geralmente resulta em soluções parciais, incompletas. Vejamos o que dizem alguns profissionais de grandes empresas do setor sobre esses procedimentos:

Robert Moreau, Clockaudio:

“Uma boa sala requer bons equipamentos e os microfones certos (e bem posicionados), além de uma acústica adequada, para se atingir boa inteligibilidade. Ao fazer o orçamento, vale a pena também considerar materiais acústicos de amortecimento, alguns dos quais evoluíram para verdadeiras obras de arte”.

 

Marc Happes, Bose:

“É importante educar os usuários na questão do áudio, porque a opção é ‘pagar um pouco agora ou pagar muito depois’. As empresas devem decidir entre investir numa boa sala e pagar um alto preço mais tarde, em termos de frustração, confusão entre os funcionários e perda de produtividade. Todo mundo já passou pela experiência de uma call ruim – o valor de uma comunicação clara é incalculável para manter a equipe motivada e engajada. E, com mais e mais colaboradores trabalhando remotamente, isso se torna ainda mais importante”.

 

John Urban, Biamp:

“Sempre se pensa no áudio depois… a maioria das pessoas são direcionadas pelo visual, pois a visão é o nosso sentido primário. Se a sala está bonita, assume-se que terá um som ótimo… o integrador pode apresentar a seu cliente gravações  de referência mostrando como uma sala irá soar. Com certeza ele irá mudar suas prioridades”.

 

*O autor é editor do site Commercial Integrator; o artigo original pode ser lido aqui na íntegra, em inglês. 

 

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