HDMI: como saber gerenciar a intensidade do sinal


5 de outubro de 2015

Por Jeff Boccaccio*Num recente webcast, nossa equipe coletou uma série de questões e dúvidas sobre a expansão das redes 4K e seus recursos. A maioria das perguntas focavam na performance das transmissões, problema importantíssimo dada a relevância do cabeamento na distribuição do sinal de vídeo.

A linha de transmissão carrega os sinais de um ponto a outro. E existe uma série de sinais diferentes, que exigem diferentes tipos de modulação. Alguns dos problemas têm a ver com a perda de sinal propriamente dita, outros com as variações de tempo, voltagem, ruídos etc. Raramente, no entanto, nos preocupamos com a integridade do sinal. Cada esquema de modulação tem suas regras, que determinam se o sinal é bom ou ruim.

Mas, ao focar em apenas um desses sinais, observe que às vezes a integridade é afetada pelos excessos no estágio de entrada. E, com o aumento da largura de banda, tornou-se necessário agregar recursos eletrônicos à transmissão, para efeito de amplificação (boost) do sinal.

Na maioria dos extensores de vídeo usados atualmente, utilizam-se alterações de algumas frequências para moldar a curva de resposta às necessidades do display. Como em todo dispositivo eletrônico, existem níveis altos e baixos, o que se conhece como faixa dinâmica (dynamic range). Parece que há mais ênfase em recuperar um sinal de baixo nível do que outro de alto nível – e às vezes esses atributos ultrapassam muito os níveis de saturação.

hdmiAlguns cabos do tipo ativo pode exagerar na correção do sinal, por exempo. Quando se passou da banda passante de 5 Gigabits por segundo para 10.2Gbps, em 2006, foram introduzidas técnicas de equalização nos displays para amplificar o sinal e, assim, corrigir atenuações de alta frequência na extensão de cada linha. Assim, usando um cabo ativo, é possível antecipar como um display irá reagir ao boost do sinal.

Determinados displays, mesmo com equalização embutida, podem ou não se adaptar às condições de sinal sobre-saturado. Já vimos isso ocorrer em produtos que não regulam a entrada de sinal no estágio de entrada, causando falhas no sistema. Há poucas chances de que o aparelho forneça essa informação; portanto, o instalador precisa ele mesmo fazer o cálculo.

A melhor solução que encontramos é testar o sistema (ou seja, a combinação dos aparelhos) antes de finalizar a instalação. Conecte todos eles e deixe-os funcionar por 10 ou 15 minutos. Lembre-se que aparelhos ativos serão cada vez mais comuns daqui para frente. Por isso, é bom se acostumar a fazer esses testes de forma pró-ativa e resolver os problemas antes que eles ocorram.

A propósito, nosso webcast HDMI in 2015: The 2.0a Spec continua disponível aqui.

*Artigo publicado originalmente no site CE Pro. Clique para ler o original, na íntegra.