Estudo mostra como nuvem pode ajudar na inovação


14 de setembro de 2015

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Com base numa pesquisa realizada com executivos de 3.400 empresas em 17 países, a consultoria internacional IDC realizou a primeira análise detalhada sobre o impacto das tecnologias em nuvem. Os dados, encomendados pela Cisco, revelam que já estamos na segunda fase de adoção da computação em nuvem, na qual as empresas já não buscam apenas eficiência e redução de custos, mas também um impulso à inovação e ao crescimento.

O estudo mostra que 53% das empresas esperam aumento de suas receitas, ao longo dos próximos dois anos, com a implantação de serviços em nuvem. No entanto, hoje apenas 1% delas dispõem de uma estratégia otimizada para isso, e 32% não possuem qualquer estratégia. Com o título “InfoBrief – Não fique para trás: como ampliar a adoção da nuvem”, o estudo envolveu empresas que vêm adotando com sucesso nuvens públicas, privadas e híbridas em seus ambientes de TI.

Segundo a IDC, há cinco estágios de maturidade na adoção da nuvem: ad hoc (temporária, provisória), oportunista, repetível, gerenciada e otimizada. O estudo revelou que as empresas que aumentam sua maturidade de nuvem do nível mais baixo – ad hoc – para os mais altos apresentam os seguintes resultados:

  • 10,4% de aumento nas receitas;
  • 77% de redução dos custos de TI
  • 99% de diminuição no tempo de prestação de serviços e aplicações de TI
  • 72% maior capacidade do departamento de TI em atender ao nível de serviço (SLAs)
  • Capacidade duplicada de investimento em novos projetos para impulsionar a inovação.

 

Benefícios econômicos

        O estudo também quantificou os benefícios econômicos identificados nas empresas que adotaram nuvens mais “maduras”, ou seja, nos estágios repetíveis, gerenciados e otimizados. As empresas analisadas apresentam em média US$ 1,6 milhão em receitas adicionais por aplicação em nuvem (privada ou pública). E registraram redução de custos de US$ 1,2 milhão por aplicação baseada na nuvem.

Os aumentos de receita resultaram, em grande parte, das vendas de novos produtos e serviços, aquisição de novos clientes ou expansão das vendas para novos mercados. As empresas atribuíram os ganhos de receita à transferência de recursos de TI – de atividades tradicionais de manutenção para iniciativas novas, mais estratégicas e inovadoras.

A redução de custos operacionais associados à nuvem é proveniente das vantagens de operação em um ambiente com maior poder de escala, confiabilidade e desempenho. Essas vantagens incluem maior agilidade, maior produtividade dos funcionários, mitigação de riscos, redução de custos de infraestrutura e benefícios de código aberto.

 

Melhores resultados

        A nuvem privada permite melhor utilização de investimentos, maior escala e menor tempo de resposta às solicitações, com maior controle dos recursos dedicados a TI nas empresas. Já a adoção da nuvem híbrida pode ser mais complexa, pois exige portabilidade de carga de trabalho, segurança e implantação de políticas específicas. Esses requisitos foram evidenciados pelo estudo: até 70% dos entrevistados esperam migrar dados entre nuvens públicas e privadas (ou entre vários provedores de computação em nuvem), com alto nível de segurança e pré-requisitos de políticas.

        O grau de “maturidade” de cloud computing varia conforme o país, com os Estados Unidos e a América Latina entre as regiões com o maior percentual de empresas com estratégia repetível, gerenciada ou otimizada, e o Japão curiosamente com o menor número entre os países que participaram do estudo. Na China, 55% das empresas contam com estratégias de nuvem repetíveis, gerenciadas ou otimizadas. Porém, as companhias entrevistadas naquele país eram, em média, de maior porte que nos outros países.

O estudo observa a porcentagem de empresas com adoção da nuvem madura por país e região:

  • 34% EUA
  • 29% América Latina
  • 27% Reino Unido
  • 22% França
  • 21% Alemanha
  • 19% Austrália
  • 19% Canadá
  • 18% Coréia
  • 17% Holanda
  • 9% Japão

 

Adoção por setor

        Em termos de indústria, o setor de manufatura tem a maior porcentagem de empresas na adoção de nuvem (com 33%), seguido de TI (30%), finanças (29%) e saúde (28%). Os níveis mais baixos foram registrados nos setores de governo/educação e serviços profissionais (22% cada) e varejo/atacado (20%). Ainda na classificação por indústria, os setores de serviços profissionais, tecnologia, transporte, comunicações e serviços públicos esperam maior impacto sobre seus indicadores-chave de desempenho (KPIs).

Segundo Robert Mahowald, vice-presidente da IDC, diversos estudos demonstram que empresas que optaram pela adoção de nuvem avançada apresentam melhores resultados de negócios, incluindo desempenho, receita, atribuição estratégica de TI, maior flexibilidade e redução de custos. “Mas a maioria das empresas ainda não avançou muito nessa jornada e precisa se concentrar nas competências, metodologias e em melhores práticas para chegar ao próximo nível”, diz ele.

Países da América Latina podem estar entre os principais beneficiários dessa prática. “A estratégia de nuvem nas empresas é cada vez mais importante para sua digitalização”, comenta Rodolfo Molina, diretor de Nuvem da Cisco. “Nesta segunda onda da nuvem, temos uma poderosa ferramenta, que relaciona indicadores estratégicos de negócio com a adoção de serviços. Para a América Latina isso será fundamental, já que sua média de adoção da nuvem é mais acelerada que a média mundial”.

Fonte: Cisco