Arcam e a amplificação classe G


14 de maio de 2015

Com a multiplicação dos equipamentos digitais, a indústria de áudio teve que passar por uma intensa reciclagem nos últimos anos. A falsa polêmica sobre o que é melhor (digital ou analógico?) retardou o processo, mas era questão de sobrevivência: hoje, os principais fabricantes de amplificadores e processadores estão no universo digital.

Uma das empresas que melhor vêm se saindo nessa adaptação é a inglesa Arcam, fundada em 1976 por dois estudantes da célebre Universidade de Cambridge (o nome da empresa é uma contração de Amplification & Recording Cambridge). Honrando a tradição britânica em áudio, a Arcam ficou conhecida por seus ótimos amplificadores e processadores lançados ao longo dos últimos vinte anos. Sua linha de receivers que chegou ao mercado internacional no início deste ano mantém a reputação.

Agora distribuídos no Brasil pela Audiogene, esses receivers são dos raros que adotam a amplificação classe G, que utiliza fontes de alimentação chaveadas automaticamente, de acordo com a demanda do sinal. Nessa configuração, uma fonte mantém a corrente o tempo todo e uma outra entra em ação quando o sinal requer tensão mais alta. Assim, sempre há uma reserva de energia para fornecer a potência necessária, com taxa de distorção baixíssima (0,02%). O modelo top de linha (AVR750) libera 100W em 7.1 canais ou 120W em estéreo.

A classe de amplificação não tem a ver necessariamente com o desempenho do aparelho, apenas com a configuração interna dos estágios de alimentação. A chamada “classe G” é mais comum em equipamentos profissionais. Para sistemas residenciais, costuma-se utilizar as classe AB e D. Mas o lançamento da Arcam pode significar uma nova tendência. Para entender melhor essas diferenças, sugiro aos leitores este artigo do especialista João Yazbek, proprietário da Advanced Audio Technology.

Por Orlando Barrozo